sábado, 25 de junho de 2011

TEATRO

Acabei de voltar do teatro Os homens são de marte e é pra lá que eu vou. A história conta a vida de uma jornalista chamada Fernanda que está com 35 anos desesperada por um relacionamento.
Conta todos os dramas, preconceitos sociais e pressões que uma solteira passa.
Em quase todas as narrativas eu  me vi na mesma situação. Ela terminou a peça dizendo que sempre há uma luz no túnel. E que ela escreveu esta peça quando ainda estava solteira e que é para as solteironas não perderem a esperança.
Bom eu não perdi a esperança. Só perdi a vontade de procurar e também de aguentar cada uma dessas pressões. Não quero  mais me sentir pressionada.
E hoje posso dizer que minha infelicidade não tem nada haver com o homem que falta em minha vida. A minha vida é que está toda errada.
Preciso mudar geral. Preciso de um tempo pra pensar as mudanças que eu devo fazer. E até amanhã!!!

sexta-feira, 24 de junho de 2011

PAU AMIGO ...

Hoje fui ao cinema com aquele PAU AMIGO. Sabe aquele amigo que aparece sempre naquele momento em que você está super carente e sem sexo faz tempo?
Então liguei pra ele por engano e fomos ao cinema. Não teve sexo. É verdade. Não estou mentindo não. Eu fiquei com medo que ele quisesse e eu teria que dar alguma desculpa. Mas não foi preciso. Olha só que engraçado, ele se lembrou que eu uma vez lhe disse que ficaria sem homens por um ano. Nem eu me lembrava dessa história. Mas confesso que já estou há 4 meses sem sexo, sem beijo e sem nada. Tá demos um selinho, mas selinho nem conta como um beijo. Selinho não se sente nada. Pelo menos pra mim é igual a Hebe Camargo quando sai dando selinho pra todo mundo.
Sem querer talvez a promessa se cumpra. Nem eu sabia que tinha determinado isso. Talvez por isso não consiga estabelecer um só contato masculino. Veja só, combinei hoje de sair com dois homens, nenhum deles pode comparecer, se é que me entende a palavra comparecer. Liguei para alguns amigos de verdade mesmo e nenhum pode ir ao cinema comigo.  Então liguei pro PAU AMIGO, embora não estava nenhum pouco disposta a fazer um sexo. Foi cinema e volta pra casa. Acho que minha cara está estampada: sem sexo.  Mas ainda sim ADOROOOO este cara, ele sempre vem me buscar, paga a conta e basta!!! Cinema, pipoca, motorista e tudo na faixa, com uma companhia muito muito boa!!!

terça-feira, 21 de junho de 2011

MANUAIS DE AUTO-AJUDA

Domingo fui ao shopping Ibirapuera. Fazia tempo que não percorria a uma livraria sem pressa. Nossa, como tenho um prazer enorme em ir a uma livraria. Minha amiga ao meu lado, me apontava alguns títulos. Todos de auto-ajuda, todos falavam sobre como os sentimentos ruins podem causar doenças em nosso corpo.
Eu procurei não ouvir e nem me irritar com isso. Tenho sede em saber outras histórias e como elas são contadas. Não quero saber como é que eu faço para não ficar doente. Quero apenas saber em como ser o que eu sou, sem medo de mim, de minhas atitudes e de meu pensar. A gente encontra isso em algum manual? Também quero ouvir a história das pessoas, o que as tornam felizes? O que elas buscam, como buscam e o que alcançam, e se não alcançam como é que lidam com isso?
Percorrendo as prateleiras, eram tantos títulos de como conquistar um homem. Como encontrar seu príncipe encantado, que os homens gostam de mulheres poderosas, de mulheres inteligentes, de como manter a sua carreira e ainda ter o parceiro ideal, como enriquecer com um casamento ideal, etc. Eram tantos títulos. Senti raiva de todos. O que é que está acontecendo neste mundo, meu Deus, que eu preciso de tantos manuais para conquistar um homem? Não seria ele que deveria me conquistar? Não seria ela quem deveria ter a angustia de encontrar alguém? 
Fiquei frustrada com cada título que vi. Cada passo que eu deveria percorrer. Se eu seguir cada regra do manual, talvez eu me perca no que eu sou, ou apenas me torne uma mulher igual. Acho que posso classificar um outro tipo de mulher, além das carentes, desesperadas, solteironas, mal-amadas, poderia ser uma MULHER MANUAL.
Bom ... se eu preciso aprender tantas regras assim, talvez o meu destino seja esse mesmo, o de ser solteirona para todo sempre. 
Respirei fundo e lá fui eu folhear outro livro. Melhor mudar o foco e a prateleira. Fui para os best-sellers, vários romances, todos terrivelmente açucarados. Melhor assim do que me confrontar com a MULHER MANUAL.

domingo, 19 de junho de 2011

COMO CHEGUEI A ESTE INÍCIO

Cheguei a este desespero depois de inúmeros relacionamentos fracassados. Que coisa mais redundante de se escrever. Mas foi exatamente assim, igual a qualquer mulher que não tem a sorte de encontrar sua alma gêmea logo na infância, adolescência ou em qualquer etapa da vida. Minha vida amorosa sempre foi muito complicada. Primeiro porque eu nunca fui bonita o suficiente, nem nunca fui melhor em alguma coisa, ou tão melhor que eu me destacasse. Era apenas a inteligente da turma, a criativa da turma, a que sabe fazer tudo por todos menos pra si mesmo. Era aquela pessoa que se vestia diferente demais para idade e para época. Um pouco extravagante e ousada, um pouco colorida demais, sem noção muito da moda da época. Não me encaixa em nenhum padrão de beleza. Não era gorda, não era magra, não tinha o cabelo mais bonito, nem a pele mais lisinha do mundo, pelo contrário vivia brigando com a acne. Não sabia cantar e não tinha as roupas elegantes da moda. Nada em mim poderia chamar a atenção de um menino, um rapaz, ou qualquer homem. Meus atributos estavam sempre abaixo do esperado, abaixo de alguém ou nem possuía aquilo que tantos os rapazes queriam. Muitas vezes era motivo de piada e risos humilhantes!!!
Agora que eu escrevi tudo isso é que me dei conta de que nossa, com uma visão assim de mim mesma no passado, quem realmente iria querer ficar com a Sra. Avestruz Fracasso?  Yes ... None!!! Então, como mudar o foco da Sra. Avestruz Fracasso? 
Não é ficando dentro de casa, não é? Bom, ontem prometi que ia sair do post e sair. Mas só fiquei em casa.
Assim não é um bom recomeço, não é mesmo?

sábado, 18 de junho de 2011

O INÍCIO

Bom, o fato é que eu estou solteira. Novamente. É novamente.
Pensei: Bom ... até que não é tão ruim assim, estar solteira ... Posso fazer muitas coisas divertidas. (engraçado que não me ocorreu nada por enquanto)
Mas no momento, não estou fazendo nada de divertido.
Do trabalho pra casa, de casa pro trabalho. Não tenho muitas alternativas para sair, nem muitos amigos assim disponíveis. Alguns caras do Par Perfeito, que apenas querem me comer, ou uns caras muito estranhos querendo namorar. Quando digo estranho, são aqueles caras malas que além de tudo não pagam a conta!
Não tenho muitas alternativas, corro aos ouvidos de uma amiga solteirona com mais de quarenta anos e mesmo tendo a maior compaixão em me ouvir, ela esboça um enorme sorriso. "Você só tem 34 anos ... Tem tanta coisa ainda pra viver!"
Bom, penso eu, já tive 16 anos e me falaram a mesma coisa, já tive 20 anos e já me falaram a mesma coisa, já tive 25 anos, 30 anos ... e agora, porra já tenho 34 anos e estou solteira novamente. Quando eu chegar aos 60 anos solteirona vou ter um amiga de 80 para me dizer que ainda tenho muita coisa pra viver?
Não é consolo me dizer que tem muita mulher em situação semelhante e não é consolo dizer também que estou solteira porque quero.
Ora, não é tão simples assim, encontrar alguém que a gente ame, a gente não esbarra assim na esquina e nossa é amor platônico ... e sei que ele é o homem da minha vida. Não é tão simples assim.
Quando eu tinha 11 anos a idiota aqui, porque só uma idiota pensa isso aos 11 anos, pensava em ser professora para poder trabalhar meio período e poder me dedicar muito bem a minha família e ao meu marido. Eu não seria uma dessas mulheres desleixadas e sem vaidade que acabam por virar empregada de marido, enquanto ele come a gostosona por fora. Eu seria a gostosona. Eu seria feliz no meu trabalho e muito feliz no meu sonho de família margarina DORIANA.
Mas eu já tenho 34 anos, talvez eu nunca me case, talvez eu nunca tenha filhos, talvez eu nem devesse mais ser professora, mesmo porque não consigo trabalhar meio período, porque se eu trabalhar apenas meio período não consigo pagar metade das minhas contas.
Afinal pra ser uma futura gostosona, tenho que manter-me sempre gostosona. E pra isso é preciso de dinheiro, muito dinheiro ... E salário de professora só dá mesmo para algumas maquiagens tops da AVON. NATURA só mesmo quando o produto está no final do catálogo que significa promoção. De resto ... a gente se vira mesmo com o improviso.
Ah tudo bem ... eu confesso. Não estou nem perto de ser chamada de gostosona. Talvez bonitinha, ajeitadinha? Nem um ... nem outro ...
Atualmente a minha vaidade está a beira de um precipício como todo o resto da minha vida.
Procuro-me no espelho e ele não reflete nada do que eu já fui. Jovial, cheia de energia, esperançosa, muito criativa. Agora me resta uma calça legging preta, uma meia encardida, uma bata que não marque os pneuzinhos da barriga e um cabelo sem vida qualquer. Não sei nem ao menos dizer uma palavra mais criativa do que essas: "Que legal!, Fico feliz por você!, Muito bom, aí sim hein!"
Acho mais prudente por hora sair daqui. Dar um jeito em tudo. Quando eu descobrir conto pra vocês!