terça-feira, 21 de junho de 2011

MANUAIS DE AUTO-AJUDA

Domingo fui ao shopping Ibirapuera. Fazia tempo que não percorria a uma livraria sem pressa. Nossa, como tenho um prazer enorme em ir a uma livraria. Minha amiga ao meu lado, me apontava alguns títulos. Todos de auto-ajuda, todos falavam sobre como os sentimentos ruins podem causar doenças em nosso corpo.
Eu procurei não ouvir e nem me irritar com isso. Tenho sede em saber outras histórias e como elas são contadas. Não quero saber como é que eu faço para não ficar doente. Quero apenas saber em como ser o que eu sou, sem medo de mim, de minhas atitudes e de meu pensar. A gente encontra isso em algum manual? Também quero ouvir a história das pessoas, o que as tornam felizes? O que elas buscam, como buscam e o que alcançam, e se não alcançam como é que lidam com isso?
Percorrendo as prateleiras, eram tantos títulos de como conquistar um homem. Como encontrar seu príncipe encantado, que os homens gostam de mulheres poderosas, de mulheres inteligentes, de como manter a sua carreira e ainda ter o parceiro ideal, como enriquecer com um casamento ideal, etc. Eram tantos títulos. Senti raiva de todos. O que é que está acontecendo neste mundo, meu Deus, que eu preciso de tantos manuais para conquistar um homem? Não seria ele que deveria me conquistar? Não seria ela quem deveria ter a angustia de encontrar alguém? 
Fiquei frustrada com cada título que vi. Cada passo que eu deveria percorrer. Se eu seguir cada regra do manual, talvez eu me perca no que eu sou, ou apenas me torne uma mulher igual. Acho que posso classificar um outro tipo de mulher, além das carentes, desesperadas, solteironas, mal-amadas, poderia ser uma MULHER MANUAL.
Bom ... se eu preciso aprender tantas regras assim, talvez o meu destino seja esse mesmo, o de ser solteirona para todo sempre. 
Respirei fundo e lá fui eu folhear outro livro. Melhor mudar o foco e a prateleira. Fui para os best-sellers, vários romances, todos terrivelmente açucarados. Melhor assim do que me confrontar com a MULHER MANUAL.

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